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A aliança pela vida e os tempos mortos – Artigo de Marcelo Garcia em O Tempo

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O governo de Minas lança nesta terça (02/08) o programa Aliança pela Vida, uma parceria do Governo de Minas com entidades da sociedade civil para estabelecer medidas de enfrentamento às drogas, principalmente o crack. O programa faz parte do decreto assinado em fevereiro deste ano pelo governador Antonio Anastasia, que determina a aplicação de até 1% do orçamento de órgãos e secretarias do Estado para projetos de prevenção e combate às drogas.

O programa é tema do artigo abaixo, assinado pelo Chefe da Assessoria de Articulação, Parceria e Participação Social do governo mineiro, Marcelo Garcia.

Usuário de crack

Combate ao uso de crack é uma das principais metas do governo - Foto: Marco Gomes

A aliança pela vida e os tempos mortos

O Tempo, 2/08/2011

Marcelo Garcia
Chefe da Assessoria de Articulação, Parceria e Participação Social do governo mineiro

A escritora Simone de Beauvoir tem um texto chamado “Viver sem tempos mortos”. Um texto direto para quem quer tornar a própria vida um movimento de transformações, encontros e conquistas. Viver sem tempos mortos é fugir de qualquer acomodação e se inquietar para que a vida nos surpreenda.

Lembrei-me desse texto na construção da Aliança pela Vida, campanha contra as drogas que o governador Antonio Anastasia lança hoje.

De fato, queremos que todos os mineirospossam viver sem que as drogas interfiram de forma tal que a morte acabe por ser um símbolo maior e mais presente do que a experiência do viver.

A entrada da droga na vida das pessoas se dá sempre de forma festiva. No primeiro dia, ela oferece uma dose de alegria, euforia e controle sobre uma série de medos pessoais. Depois, o medo é que a droga falte e que a falsa alegria e a euforia, mesmo que artificiais, deixem de existir. Medos sucedendo medos cada vez maiores. Aos poucos, o uso de droga se torna crescente e, por uma questão de custo, se chega ao crack, que é mais barato e, ao mesmo tempo, a mais dilaceradora das drogas.

Quando um filho se envolve no crack, temos uma mãe e um pai envolvidos nessa forma de morte diária. Quando um pai se envolve com o álcool, temos uma família mergulhada em uma morte continuada daquelas relações que deveriam ser especiais e, não, destrutivas. Sem dúvida nenhuma, o que a droga consegue oferecer cada vez mais são tempos mortos.

O governo de Minas Gerais busca, hoje, com os mineiros, a construção de uma ampla aliança que veja os usuários e dependentes de drogas como pessoas que precisam de ajuda e apoio, para que os tempos mortos, impostos pela droga, possam ser superados.

A Aliança pela Vida é um conjunto de ações que vai desde o socorro familiar, passa pelo projeto Rua Livre de Drogas, até garantir 12 mil pontos de encontro no Estado para capacitação de trabalhadores, além deespaços para as famílias se reunirem, se ajudarem e tirarem suas dúvidas. Escolas, unidades de saúde, centros de assistência social e unidades prisionais farão parte dessa rede de prevenção.

Vamos publicar edital para selecionar cem projetos inovadores deorganizações de todo o Estado nessa área. Através do telefone 155, qualquermineiro vai poder entrar em contatocom a Aliança pela Vida para tirar dúvidas, pedir ajuda, denunciar focos de tráfico.

Nós não queremos, não devemos e não vamos ter as drogas como uma companheira indesejada. Se todos estivermos juntos, vamos conquistar uma vitória fundamental, para que jamais nos conformemos em viver com tempos mortos.

Proerd

No vídeo abaixo, conheça outro programa do governo de Minas para o combate às drogas, o Proerd:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

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